AGECEF/CP

Joanina, relate sua trajetória na CAIXA.

Minha admissão na CAIXA ocorreu em dezembro de 1982. Em minha carreira, atuei como Caixa Executivo, Gerente e Gerente Geral. Tenho formação de Avaliador de Penhor, mas não cheguei a atuar na área.

Como foi seu envolvimento na AGECEF/CP?

Ocorreu de forma natural. Fui convidada a participar pela Ataíce, hoje, presidente da AGECEF/CP

Fale sobre sua relação com movimentos políticos e sua visão sobre a importância da participação das mulheres.

Sempre participei de movimentos que buscassem garantir os direitos dos empregados. Fui líder sindical por vários anos e participei da 1ª. Comissão Pró-Equidade de Gênero eleita na CAIXA. Fui a 3ª mais votada no estado de São Paulo.

Como era a condição da classe gestora da CAIXA, inclusive das mulheres?

À época da minha admissão, as condições de trabalho eram precárias tanto no quesito de equipamentos e sistemas quanto à jornada de trabalho. Éramos o único banco com jornada oficial de 8 horas para escriturários, apesar de existir a possibilidade de opção de trabalhar 6 horas diárias, mas com a redução de 50 % do salário. A primeira greve ocorrida na CAIXA foi justamente para nos equipararmos aos outros bancos e implantarmos a jornada de 6 horas. Essa foi uma grande vitória da classe economiária.

O Associativismo pode promover a equidade de gênero em posições de gestão e liderança?

Sim, com a criação das AGECEF’s e seu trabalho, muitas conquistas foram alcançadas em prol dos empregados e empregadas, pois trabalhamos como um canal de comunicação entre a CAIXA e os Gestores.

Qual é a relevância da presença feminina em áreas onde predominam homens?

O trabalho feminino hoje é imprescindível tanto na CAIXA quanto em qual- quer outro segmento de trabalho. Não existem mais barreiras que não pos- sam ser superadas pelas mulheres. Recentemente, assisti a uma reporta- gem que mostrou um dos últimos rincões a serem conquistados:as militares formadas para trabalho na selva. Essas mulheres foram submetidas a todos os testes aplicados aos militares homens e os desempenharam com louvor.

Qual é o papel das gestoras na garantia de sua representatividade nos Movimentos Associativos?

Apesar de ser difícil a conciliação do trabalho e da família, temos uma boa participação de mulheres nos movimentos associativos e esta tendência tende a crescer cada vez mais. Também participo da vida política, trabalho árduo e visto com muitas restrições haja vista os maus exemplos a nós expostos; mas não há outra forma de mudarmos os des- tinos de nossa nação de forma pacífica.

Como encorajá-las a se engajarem?

Nossas gestoras concorrem em pé de igualdade com os gestores homens, seja pela competência ou pelo preparo acadêmico e também somos a maioria em número de contingente. Contudo, apesar de todas essas conquistas, as gestoras ainda convivem com o dilema da dedicação ao trabalho e à família, mas isso só engrandece seu esforço.

Você acredita que o envolvimento de associadas seja um processo ou que são necessárias ações de estímulos?

Para garantir a participação das mulheres na política é exigido que no mínimo 30% dos candidatos aos cargos políticos sejam ocupados por mulheres. Isto não garante que sejam eleitas, mas acompanhamos um crescimento grande no empoderamento de mulheres. Parabenizo a todas as gestoras pelo seu trabalho e envolvimento no crescimento e manutenção de nossa empresa. Feliz Mês das Mulheres.


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